domingo, 27 de dezembro de 2009

Curiosidades Sobre Dolbuck e Dubladores da Série

Aqui estou no segundo post sobre o Dolbuck, vou tentar manter uma peridiocidade melhor, mas é meio difícil adquirir novidades. Com o apoio de Michel Matsuda, trago mais um conteúdo sobre o anime: O lançamento de sua linha de brinquedos nos EUA, mas como parte da COLEÇÃO TRANSFORMERS!!

Foram lançados nos EUA em 1985, com cores modificadas e com o símbolo dos autobots pintado em suas carenagens. Foram lançados apenas o Carribar e Gazette, o Targus ficou de fora dessa (por seu jeitão bruto não ser tão atrativo assim para os guris). Carribar recebeu o nome de "Roadbuster" (Comando de Assalto Terrestre) e Gazette virou "Whirl"(Comando de Assalto Aéreo) e foram incluídos em uma "Edição de Luxo" (Autobot Deluxe) pelo tamanho dos robôs, que eram bem maiores que os produzidos normalmente pela Takara e distribuídos pela Hasbro no ocidente. Esses moldes de robôs Dolbuck foram adquiridos pela Hasbro ápós a falência da Takatoku Toys, e paralelo a isso estava adquirindo moldes de outras empresas de brinquedos que estavam falindo no oriente a fim de mais e mais lucros. Clique na imagem para ampliar.


  Dubladores Inesquecíveis de Um Anime Inesquecível

  Pode-se dizer que a chegada de "Comando Dolbuck", assim como os outros lançamentos da Everest, "O Fantástico Jaspion" e o "Esquadrão Relâmpago Changeman" de fato tinham que acontecer. 1986... Um ano com uma safra incrível de dubladores na ativa, a quem foram entregues via Álamo as séries para receberem suas versões brasileiras. Mesmo com alguns errinhos de tradução, bem comuns nos enlatados japoneses, os trabalhos ficaram bem acima da média, com elenco bem selecionado, e momentos pra lá de marcantes. Os textos não sofreram alterações, já que o próprio Toshi fazia questão de que traduzissem direto do script em japonês. Então, abaixo estão alguns dos dubladores de Comando Dolbuck:


Eduardo Camarão ( Dublou: Masato Mugen, e fez também algumas pontas como soldados e em vozeirios): Dublador, de talento incontestável, Eduardo se encaixou  perfeitamente no perfil impulsivo e rebelde do Masato, com sua voz e interpretação marcantes. Em séries tokusatsu dublou o Machineman, o Dan (Green Flash)  de Flashman, entre outros. Atualmente, Camarão está afastado das dublagens por problemas pessoais no meio. Mora atualmente em Angola.


Carlos Laranjeira (Dublou Pierre Bonaparte):  Toda dublagem que Carlos Laranjeira fazia trazia seus sentimentos e impulsos juvenis à tona. Uma energia jovem rara que realmente cativava a todos. Sua interpretação e seu carisma, davam uma "vida" a seus personagens, e com Pierre não foi diferente. Laranjeira fez carreira dublando seriados japoneses, seu auge foi com essas produções que mostravam todo seu talento. Em tokusatsus da mesma época, só pra citar alguns, fez o Go (Blue Flash) em Flashman, Kenta (Black Mask) em Maskman, Spyker em Jiraiya e o Jiban. Fez também o JJ do anime Zillion, que não por mera coincidência, era muito parecido com o Dolbuck, e o legal é que Laranjeira dublou nos dois animes personagens com jeitinhos iguais, um jeito moleque que só esse cara sabia fazer. Infelizmente, o Carlos já nos deixou, por volta do ano de 1993, vítima do vírus da Aids. Era grande amigo pessoal da também dubladora Lúcia Helena (junto com ele na foto).


Lúcia Helena (Dublou a Aroma no primeiro episódio e o garoto Jack - que era classificado como menina na dublagem- na  maior parte da série) : Lúcia sempre foi de minhas dubladoras preferidas, sua voz meio rouca caía sempre como uma luva para personagens de passado triste, como no caso da Sara de Flashman  Shinobu em Lion Man e a Sati, na série Jaspion, mas também mostrava seu talento para dublar garotas de pavio curto como no caso da Lúcia (Lucy) do desenho Snoopy, na clássica dublagem da Maga. Atualmente está dublando, depois de se afastar por alguns anos.



 
Rosa Maria Baroli (Dublou a Louise) : Acho que a Louise não encontraria melhor dubladora nesse país do que a Rosa Maria... Combinação perfeita com sua personagem desde seus ternos momentos, até as suas explosões de ciúmes com relação ao Masato. Profissional talentosa, porém não se vê muitos trabalhos dela em filmes na Tv. Lembro que ela fez a April O`Neil no primeiro filme das Tartarugas Ninja lançado em Vhs no Brasil pela CIC Vídeo. Rosa Maria é casada com o dublador Gilberto Baroli e é mãe da dubladora Letícia Quinto.




  Líbero Miguel (Dublou o Diretor Fred e fez vários vilões no decorrer dos episódios, assim como pontas) : Líbero era um grande mestre quando o assunto era dublagem. Escalações perfeitas, agia tanto como diretor quanto como dublador regular. Sua voz impostada dava personalidade fria e calculista aos personagens que interpretava. Quem não se lembra da macabra personalidade do chefe da família dos Feiticeiros, Dokusai, da série "Jiraiya"com a sua voz? Deu oportunidade ao talento de jovens um tanto inseguros, mas com garra, que se tornaram verdadeiros ícones em dublagens de produções japonesas, como o Francisco Brêtas e o Élcio Sodré. Em palavras do próprio Gilberto Baroli, o Líbero era como um paizão pra todos, e  era um amigo pro que desse e viesse. Faleceu prematuramente, vítima de um aneurisma cerebral em 1989, durante a dublagem do seriado Jiraiya, deixando o vilão Dokusai a cargo do companheiro Gilberto Baroli. Era marido da também dubladora e diretora Nair Silva.


  Mauro de Almeida (Dublou o Coronel Takashi): Esse cara imprimiu sua presença na memória dos fãs brasileiros de tokusatsu ao dublar um vilão que roubou a cena, graças a sua interpretação, na série Jiraiya: o Kanin Dragon. O bêbado é sempre lembrado em rodinhas de fãs, como nenhum outro da série. Sempre rola um "Lembra daquele bebum que deu um pau no Jiraiya e falava: "É cachaça!!"??"  E tem como esquecer? Mauro dava conta seja no que fizesse. Emprestou sua voz ao severo, porém gente finíssima Takashi, sempre na dosagem certa, como de costume em seus trabalhos. Dublou também o pai de Jaspion, Keli e o monstro Guiruba em Changeman só pra citar alguns.



  
Carlos Takeshi (Dublou Stanley Hilton e participações ao longo do seriado): Conhecidíssimo seja por seus trabalhos na tv, como o jardineiro Okida na novela A Viagem, ou ser  voz brasileira de dois dos maiores ícones de séries nipônicas no nosso país, O Fantástico Jaspion e o Hayate/Change Griphon de Changeman,  Takeshi não desperdiçou talento dublando o frio Stanley Hilton, que eu digo, ficou perfeito. Outro personagem que fez em Dolbuck foi um garoto no episódio "A Bomba Perdida", que se assemelhava muito ao Jaspion com um cabelinho "black power", semelhança essa que foi notada pelo diretor Líbero Miguel, que o escalou para dublá-lo. É uma pena que os episódios com a maior participação de Hilton não foram lançados em home vídeo no nosso país, assim poderíamos ter curtido mais o Takeshi em ação.